Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Josefa de Óbidos
A Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento Josefa de Óbidos (Óbidos, A da Gorda, Usseira e Arelho) quer manifestar a sua opinião sobre esta iniciativa sem prejuízo da Escola, dos seus professores, dos seus alunos e das suas famílias. Com esta comunicação, a APJosefa pretende chamar a atenção para algumas questões que – achamos - devem ser tidas em conta a propósito desta e de outras possíveis iniciativas do género.
A Associação de Pais desconhece, à data, a posição dos diferentes órgãos do Agrupamento (internos e externos): Conselho Executivo, Conselho Pedagógico, Conselho Geral e Conselho Municipal.
Este comunicado é publicado depois de muita reflexão e diálogo entre os membros dos órgãos sociais da APJosefa. Estamos conscientes que não falamos em nome de todos os pais do Agrupamento mas sentimos que devemos falar em nome daquilo que consideramos a imagem de uma Escola Pública onde todos são diferentes e todos são iguais.
A Escola pode e deve proporcionar momentos e experiências
que enriqueçam os seus alunos nas suas dimensões educativas, culturais e
humanas, e os pais reconhecem e valorizam essas iniciativas, a proatividade,
empenho e boas intenções dos professores que as propõem.
Estamos conscientes da disponibilidade, responsabilidade e trabalho destes professores ao acompanharem os nossos filhos adolescentes num passeio ao estrangeiro. Agradecemos essa disponibilidade, responsabilidade e trabalho.
Iniciativas que promovam experiências únicas, enriquecedoras
e memoráveis serão sempre acolhidas e bem-vindas desde que sejam tidas em conta
as circunstâncias e contextos da generalidade das famílias do concelho.
Os pais não devem tomar conhecimento de iniciativas desta
envergadura depois de informados os seus filhos.
A Escola Pública é, e deve ser, por princípio, um lugar de igualdade de oportunidades.
As famílias não devem ser confrontadas com propostas da Escola
que exijam esforços financeiros de monta a serem assumidos quase no imediato e
os pais não devem ser confrontados com dilemas que balancem entre um gasto
inesperado e a desilusão dos seus filhos.
A Escola deve preservar o status socioeconómico dos seus alunos, comparticipando em proporção
e na medida legalmente definida, as despesas das famílias sujeitas de apoios
sociais (Escalões A, B e C).
A APJosefa considera o valor (579€, sem almoços incluídos) exigente para a generalidade da sociedade portuguesa nas atuais circunstâncias sociais e económicas.
Embora o ensino público seja universal e gratuito, os pais
admitem, entendem e apoiam financeiramente despesas diretamente ligadas à
escola desde que a necessidade, utilidade e riqueza prevaleçam sobre os
inconvenientes, atritos ou frustrações familiares.
A APJosefa quer ainda chamar a atenção para os potenciais precedentes que esta iniciativa pode trazer: se hoje pedimos 579€ a famílias de alunos de 3º Ciclo, qual o valor aceitável no futuro para alunos deste e de outros ciclos?
Estamos conscientes que a não realização desta iniciativa impediria os alunos que podem participar de viverem uma experiência irrepetível e memorável, e isso seria injusto. Por outro lado, os alunos que não podem ir, sentir-se-ão (naturalmente) tristes e injustiçados. Acreditamos que na Escola Pública o dinheiro não deve ser motivo de cisões, injustiças ou frustrações.
Apoiamos e louvamos iniciativas deste género por parte da Escola mas pedimos que tenham em atenção a igualdade de oportunidades e possam planear com maior atenção às diferenças de maneira a que a igualdade não se esfume por entre as diferentes capacidades financeiras das famílias. Se a realidade adulta, profissional, económica e social, é regulada pela capacidade financeira, a Escola Pública não o deveria ser.
Por último e para que esta comunicação seja entendida como
uma chamada de atenção construtiva, porque não ir a Madrid este ano e a Paris
no próximo ano? E porque não incluir professores de outras disciplinas
(Geografia, História, Ciências, Biologia, …) aproveitando o vasto património Histórico
e Natural de Espanha ou França? Enfim, não nos queremos substituir à Escola nas
suas funções mas acreditamos que iniciativas deste género podem – e devem - ser
realizadas minimizando potenciais impactos negativos nos alunos e nas suas famílias.
João Gomes,
Presidente de Direção da
APJosefa
O ICNF Instituto da conservação da natureza e das florestas esteve na Escola Josefa de Óbidos. Obrigado aos Técnicos do ICNF, Vanda Ribeiro, Conceição Bernardes e Francisco Correia e a todos os profissionais do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos por terem acolhido e promovido esta iniciativa.
O ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas) esteve na Escola dos Arcos a mostrar aos alunos do 2º Ciclo a importância de preservar a biodiversidade ambiental e alertar para as consequências nefastas da proliferação de espécies (animais e vegetais) invasoras. Obrigado aos Técnicos do ICNF, Vanda Ribeiro, Conceição Bernardes e Francisco Correia e a todos os profissionais do Agrupamento Josefa de Óbidos por terem acolhido e promovido esta iniciativa.
Com a generosa colaboração dos Bombeiros Voluntários de Óbidos.
Dia Mundial da Árvore e da Floresta: plantamos hoje para colhermos amanhã. Sensibilizamos agora para ganharmos depois. Os pais estiveram nas escolas dos filhos com a participação de professores e colaboradores do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos. Obrigado a tod@s! Obrigado também à aGuardada, Viveiros do Furadouro e Frutas E. Timóteo.
Questões
levantadas pelos Pais do AEJO na última Assembleia Geral (13 de janeiro) com as
respostas do Executivo do Agrupamento. A Câmara Municipal de Óbidos não
respondeu.
1. Foi pedida ao executivo do agrupamento e à Câmara Municipal de Óbidos
uma sala de trabalho que servisse para reunir com os pais. Não é possível, o que existe é para manter: uma sala da
escola Josefa de Óbidos que poderá ser utilizada esporadicamente, em horário
não letivo e solicitada previamente.
R: A sala
solicitada poderá ser utilizada sempre que necessário, mediante solicitação
prévia.
2. Onde pode ser encontrado o projeto educativo do AEJO para o ano
letivo 2022/2023?
R: O projeto
educativo do Agrupamento é elaborado para um quadriénio. De acordo com a
legislação estamos dependentes da elaboração do PEEM para podermos efetuar o
nosso projeto educativo. Isto porque os dois documentos se interligam e são
complementares.
3. Por que razão as diferentes escolas do agrupamento adotam políticas
diferentes em relação aos pais? (a escola do Furadouro convida os pais para
a festa de Natal, a escola dos Arcos mantém os pais do lado de fora da escola).
R: Cada escola
do Agrupamento tem feito esforços para uniformizar os procedimentos. No caso
concreto da festa de Natal, esta não existiu, tendo sido substituída por
uma apresentação interturmas das atividades desenvolvidas nas AECS de música e
dança e ainda por um passeio à Vila Natal (que não aconteceu devido ao mau
tempo).
O Agrupamento
está de portas abertas à participação dos pais.
4. Por que razão os professores do
2º, 3º Ciclos e Secundário escolheram fazer as reuniões de avaliação via zoom?
Acham que é um método mais eficaz de envolvimento dos pais na vida escolar dos
seus filhos?
R: As reuniões
do primeiro ciclo do ensino básico foram presenciais devido à necessidade de
interação com os pais e das especificidades do primeiro ciclo. As restantes
foram online devido ao facto de se ter verificado uma maior adesão dos ees
nesta modalidade. Esta situação será reavaliada em cada período letivo.
5. AECS: que conteúdos são abordados
nestas atividades? Qual o perfil dos
animadores? Que planos de atividades, metodologias de trabalho e
avaliações existem para estas atividades?
R: As AECS são
promovidas pelo município e da responsabilidade do agrupamento. Como
tal, a contratação dos técnicos é da responsabilidade da CMO. Os conteúdos
abordados estão de acordo com a programação do Ministério da Educação,
bem como os planos de atividades, metodologias e avaliações são adequados ao
estipulado pelo Ministério.
A título de
exemplo, existem reuniões regulares entre os docentes do 1.º ceb e os técnicos
das AEC, bem como da empresa responsável pelo Inglês e o Agrupamento, onde são
articulados pontos de convergência.
6. Acesso às avaliações escritas dos
alunos do 1º Ciclo: por que razão é difícil o acesso às provas escritas dos
alunos? Por que razão só podem ser consultadas na escola quando nos ciclos
seguintes essas provas têm de ser obrigatoriamente vistas e assinadas pelos
encarregados de educação?
R: As provas de
avaliação do primeiro ciclo, visto que são elementos de avaliação, que se
pretende contínua, não podem ser extraviadas. O grau de autonomia deste ciclo é
muito menor que os restantes. Logo, as provas são agregadas ao processo no
final do ano letivo. Quando os EEs solicitam são entregues cópias das mesmas.
7. Ponto positivo: a
generalidade dos alunos que transitam para a escola Josefa de Óbidos tem tido
reações de agrado em relação às condições e ambiente que se vive naquela escola.
Gostávamos que fosse assim em todas as escolas de todos os ciclos de ensino do
agrupamento.
R: Ficamos
contentes pelo ponto positivo enunciado. Iremos continuar a trabalhar pela
excelência, qualidade e equidade do processo de ensino/aprendizagem dos nossos
alunos.